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O Ministério da Saúde adverte que todo remédio pode apresentar efeitos colaterais indesejáveis e provocar graves problemas de saúde. Nas caixas de medicamentos está escrita a conhecida frase "persistindo os sintomas, procurar um médico".
Mas o costume do brasileiro de se auto-medicar está virando um
fator cultural.
Dados do MS comprovam que 29% dos casos de intoxicação no Brasil são causados
por remédios. Um simples analgésico pode causar sérias lesões no fígado. Uma
benzetacil pode causar alergia. Uma anestesia pode causar sufocamento a até a
morte por insuficiência respiratória.
O ex-presidente do Conselho Regional de Medicina, doutor Luiz Fernando Salinas,
afirma que não há medicamento 100% seguro. "Água e açúcar pode fazer mal se dada
a paciente diabético. Analgésicos, antiespamódicos, remédios para gripe, como
quaisquer outros, devem ser usados com cautela porque não existe medicamento
livre de efeitos colaterais indesejados", afirma.
A evolução da medicina e o controle dos princípios ativos dos medicamentos podem
causar situações, no mínimo, curiosas como, por exemplo, o uso da toxina
butolínica, o famoso Botox, uma das drogas mais perigosas do mundo, na cosmética
e no tratamento terapêutico da enxaqueca.
Um alerta do doutor Salinas é importante: "o acido acetilsalisílico, mais
conhecido como AAS, indicado nos casos de reumatismo e para prevenir problemas
cardíacos, se usado na vigência de certas viroses infantis, pode precipitar uma
lesão hepática grave."
Nas doenças febris, como a catapora ou varicela, e nas gripes fortes causadas
pelo vírus da influenza, o AAS pode precipitar uma destruição maciça do fígado,
podem até causar sangramento gastrintestinal.
O presidente do Conselho Regional de Farmácia, Antonio Barbosa, esclarece que a
dipirona pode apresentar efeitos colaterais como a diminuição mais acelerada da
temperatura e o aumento da sensação de fraqueza.
O Brasil é um dos maiores consumidores da dipirona no mundo.
Riscos - o doutor Luiz Fernando Salinas esclarece que não há como descobrir
previamente se a pessoa tem determinada resistência ao medicamento e vai
apresentar reações adversas.
Ele explica que "apesar de já vir testada pelo laboratório, com a menor média de
risco possível, todo remédio tem um risco potencial. A não ser que a pessoa já
tenha utilizado tal medicamento e sabia que o seu uso lhe causa mal. Caso
contrário, ela só vai descobrir quando apresentar as reações. Mesmo que o médico
o tenha receitado. Isso não é considerado erro médico. É chamado acidente
imprevisível", completa o ex-presidente do CRM.
Com o hábito do brasileiro de se auto-medicar e a tendência da "empurroterapia"
nas farmácias, o doente acaba tomando medicamentos sem prescrição correta,
correndo o risco de uma super dosagem.
Doutor Salinas acrescenta que "todo medicamento, tem esse, deve ser vendido sob
prescrição médica, mas às vezes o próprio paciente não consegue a consulta e
pede ao balconista da farmácia. A partir daí se coloca numa situação de risco."
O presidente do CRF esclarece que a lei obriga a presença de um farmacêutico na
farmácia. É ele quem analisa a interação de um remédio com outro, se podem ser
administrados juntos: ele alerta o médico caso tenha prescrito uma dosagem a
mais, além de orientar o paciente como tomar o medicamento, quais alimentos ele
deve evitar durante o uso, etc. Antonio Barbosa ressalta, no entanto, que a
prescrição médica é fundamental.
Texto extraído na íntegra do site
www.sabinonline.com.br, conforme autorizado pela Gerência de Marketing, por
e-mail, em 17/01/2006.
Página revisada: 01/07/2016 17:12:14 Google +.